Não! foi um rasgo que havia sido aberto em seu peito. Um novo rasgo feito.
A dor era insuportável. Ela entrou em inconsciencia novamente. Se afogou na agua suja. Afogando-se nas próprias lágrimas.
Ficou incosciente por vários dias. Ela conseguia enchergar a superficie. De longe, do fundo da agua suja, que eram as proprias lágrimas, ela via a superficie. Mas a mesma estava distante demais. Ela teria que fazer força para consegui sair de lá. Mas a agua suja a empurrava para o fundo. Mais escuridão.
O corte em seu peito sangrava desesperadamente. Ela precisava se curar antes de voltar a superficie. Ela tentava de todas as formas fechar o seu corte e sair do fundo da agua suja. Parecia impossivel.
Foi quando eles apareceram. Limparam o seu corte profundo e fizeram um curativo. A dor diminuira um pouco. Fizeram-lhe compania para que não se sentisse sozinha e perdida. Eles a aconselharam e quando viram que ela estava disposta a sair da agua suja, a puxaram para a superficie.
O corte foi se cicatrizando. Nada que o tempo não resolva. Ela agora se sentia bem porque depois de tantos dias enfiada nas proprias lagrimas ela agora conseguia ver o sol. O corte estava se fechando e ela havia voltado a superficie. Eles a ajudaram.
E ela entendeu que não precisa de mais nada. Era deles que ela precisava. Eles fizeram por ela o que ninguém quis fazer. A resgataram da agua suja e limparam seu ferimento. Era o suficiente para ela. Cansada de procurar pela própria felicidade, jogou todos seus sonhos aos ventos. Porque toda vez que ela queria sonhar alguém abria um novo rasgo em seu coração. Ele já estava cheio de cicatrizes. Ela não queria mais feri-lo. Mas ela estava feliz, porque descobriu que não estava sozinha. Ela tinha amigos. Eles a curaram. Nada mais ela poderia querer. Era o recomeço.
CORRUPÇÃO
Há 10 anos
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