Meu Diário.

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sábado, 30 de outubro de 2010

O topo

Quando eu comecei a me manter ligada ao passado.


Eu estava andando com a minha moto pela cidade. Foi quando eu encontrei uma rua, com uma subida enorme...eu resolvi subi-la porque me denominei capaz de cometer tal ato.

A moto subiu com certa dificuldade. Eu, persistente e teimosa em minha façanha, coloquei fé que iria conseguir subir até o topo por mais dificil que fosse. Conforme eu ia subindo, eu olhava para trás...por onde eu havia passado como se eu estivesse me despedindo.

E assim fui, passei pela rua toda e consegui chegar ao topo.
E no topo eu encherguei que eu deveria continuar indo. Que eu não poderia ali ficar. Mas quando fui passar do topo para frente não consegui. A moto não saia do lugar.

Por mais que eu me esforçasse em seguir em frente, esquecendo a rua que eu havia passado e deixado para trás, eu não conseguia.

Imaginei que o problema estivesse na moto mesmo naturalmente. Coloquei as mãos em seu motor mas de nada adiantou.

Minhas mãos ficaram completamente sujas...e me lembrei que uma certa vez, me falaram que aquela sujeira causava cegueira. Então passei as mãos em meus olhos...desde então não encherguei mais nada.


E ali fiquei parada...sem nada a enchergar.

Uma péssima metafora para uma pequena histórinha. A minha própria.

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